sábado, 29 de setembro de 2012

Gabito Nunes

Vezes ele me fere, vezes ele me anima, me faz apaixonar ... a verdade é que ele escreve, e me toca, de alguma forma. Fica aqui uma overdose para vocês .


''Você é aquele tipo de pessoa inconfiável, seus movimentos são joguinhos manipuladores, seus discursos nem se fala. Já faz tempo que parei de guiar minha vida com suas frases de parachoque de caminhão. Fui embora. Agora de uma vez. Sem volta e sem conversa. ''
( O inferno por dentro)


São dez da noite. Ele telefona, o calhorda. Agora é tarde, camarada. Você não atende, vai ver ele não conseguiu nenhum programinha de graça pra hoje. Agora seu passe está valorizado, você está de saída.
( Meio Desligado)

Liga e dá desligado. Telefona e dá fora da área de cobertura. Liga para a operadora e pergunta qual a diferença entre as duas coisas (“Eu sei moço, mas tipo, ele ainda está no Brasil? Me garante? E será que ele gosta de mim? Não, não dei de primeira. Pois é, também não sei qual é a dele”).
( Meio Desligado)

''Não vem com bombons, não vem com desculpas, não vem com canções. Não vem. Se você tiver a fim de compreender o presente, precisa analisar o passado. Todo ele, dia a dia, cada palavra, seu borderô de atitudes passadas. Dá uma olhada em tudo que você fez e me diz. Viu? A novidade é que o dia que eu sempre prometi que viria, e que você nunca esperou chegar de verdade, veio. Eu cansei. Não sou mais eu.''
( O inferno por dentro)

''Você tem de querer. Embora eu queira muito, mesmo eu querendo em dobro, não há como querer por você. Só quem enfrenta longas esperas sabe como é o inferno por dentro. Eu sempre falei, um dia alguém tinha de te dizer não. Eu queria que não fosse eu, porque aí eu poderia ficar numa boa e assistir você sofrer, nem que seja calado num canto, mas sofrendo, mostrando algum arrependimento ou qualquer traço humano. ''

( O inferno Por Dentro)

''Partes de mim querem ir embora, partes de mim querem ficar. Ainda não terminei de gostar de você. Mas consegui. Agora fui. Porque comecei isso querendo ser sua companheira, passei a cúmplice das suas maldades, e ficar dessa vez vai me fazer sua comparsa. Não é um ‘até amanhã’ nem ‘até breve’ e nem ‘até mais’. É um ‘até você mudar’ ou ‘até você não ser mais quem você é’. Até nunca, então.''


( O inferno por Dentro)



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