terça-feira, 15 de novembro de 2011

O plural que virou singular.




''Escreve sobre o amor e na hora de decidir sua vida e correr atrás... Amarela.''
( Diego Leitte)


Doeu ouvir isso. Por que é verdade, e a verdade, dói. Meu primo está certo, na hora de decidir a minha vida, eu amarelo. E amarelo mesmo. Por que eu tenho medo do que vai acontecer agora. Tenho duas pernas, posso caminhar sozinha, mas desde aquele dia, em que tivemos aquela conversa, sempre que eu tento firmar os pés no chão, me desequilibro, e caio. Caio e choro, choro muito, por que eu estou assustada, e sem saber o que pensar. E dá um desespero quando a gente não sabe o que fazer.

Você já amou tanto alguém, que você mal consegue respirar quando está perto dele? Já encontrou alguém, que tirou o seu folêgo, e preencheu seu coração com um sorriso bonito e um abraço apertado? Já se sentiu segura, como se o mundo não pudesse contra você, pois, ao seu lado tem aquela pessoa que te traz paz, confiança e faz com que sinta - se amada? Se já, sabe do que eu estou falando. Agora imagina, perder esse alguém, aquele alguém, que te faz tão bem, assim, de um dia para o outro. De repente, quase que sem sentido. É como se te cortassem as pernas, e arrancassem seu coração. Eu era singular, e me vi no plural, e agora o nós, deve ser conjugado no singular novamente, e eu desaprendi. Não sei mais como fazer. Nem sei se quero.

Tá tudo uma bagunça, e embora todo mundo diga que vai ficar tudo bem, eu não consigo acreditar que isso vá acontecer. Meus amigos estão tentando me distrair, e eles conseguiriam, se não fosse tudo que me faz lembrar você. Aquela música idiota que você gosta, nossa foto que ainda está no meu quarto, o apelido carinhoso que ainda está no meu celular, um casal que me faz lembrar da gente, do que somos, do que fomos. Eles conseguiriam, se eu não sentisse o gosto do seu beijo, o calor do seu abraço e se as noites não me fizessem levar o pensamento até você. Se esse amor, não gritasse tanto que te quer, que dá pra arrumar, que tem solução e que podemos resolver isso juntos, eu juro que te deixava ir. Te deixava com a paz que tanto precisa. Mas é maior que eu, maior que nós, maior que tudo. Sentimento não se explica, não é mesmo? A gente sente, e pronto. E eu te amo demais, mais do que pensei que amaria, do que permitiria o meu coração. É tanto sentimento, que não cabe.

''Eu sei que o barco está furado. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Porque por nós vale a pena remar, Re - amar.''
(Adaptado. Original C.F.A)

Dizem, que a pior parte do fim, é o recomeço. E o que dizer, quando você não sabe e não quer recomeçar?
Não agora, não ainda. Mas, eu não vou insistir. Não posso te obrigar a ficar comigo, não faz sentido. Não posso te convencer que eu posso passar por isso com você. Que eu vou entender se você não estiver tão paciente assim, que eu vou entender quando você quiser ficar só e não quiser me ligar. Eu não vou mais tentar te convencer disso. Então, se vai te fazer feliz, se vai te trazer a paz que precisa, vai em frente. E se um dia, achar que deve, volte. Volte por que eu te preciso. Com meus erros e imperfeições, eu te preciso. Eu te amo, eu te quero.  E mais uma vez, embora eu possa, não quero viver sem você.

Lucasdaniel =')

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