Até Onde Vai.

Não vou tentar explicar, porque não vou conseguir. Eu só sei, que pra quem pretendia não sentir nada, eu tô é sentindo muito. Sentindo doer, arder, pulsar, disparar, suar. E o que eu posso fazer? E como eu vou dizer? Era só uma brincadeira, não era? Era só pra 'ficar'. Coisa de uma noite, ou duas talvez... e esse sentimento, veio de onde? E que coisa boba é essa que eu sinto cada vez que você sorri? Não sei explicar, e embora a minha mente grite insistentemente que eu devo parar agora, eu quero ver até onde vai. Eu sei que eu posso e vou sofrer ( talvez eu já esteja sofrendo), mas eu estou mesmo querendo pagar pra ver. Bobeira querer me livrar da lembrança da sua voz, estupidez não sorrir à toa lembrando da maneira carinhosa como me chama, burrice não seguir meu coração e jogar esse caô de menina insegura que já sofreu demais e não quer arriscar. Eu não, eu quero mesmo ver até onde vai. E você hein? Tá me vendo aqui não? Não consegue ver nos meus olhos o tamanho da minha paixão? Cê é bobo menino... abre os olhos vai, chega perto, me sente, me toca .. me beija. Não precisa dizer nada, só segura minha mão e me faz sentir que você me gosta tanto quanto eu te gosto. Vem cá, põe a mão no meu peito... está ouvindo? Esse tum tum tum acelerado é pra você seu bobo. Vai ficar aí parado é? Tudo bem, já que você prefere assim, vamos ver até onde vai. Mas hein, demora não tá? Estou cansada dos nossos mundos separados. A gente tá o tempo todo tão perto, mas essa droga de timidez, orgulho, medo, ou sei lá como se chama essa porcaria que nos impede de nos jogarmos um no braço do outro, está atrapalhando tudo. E como eu disse lá em cima, pra quem pretendia não sentir nada, eu estou sentindo muita coisa. Agora, vamos ver até onde vai.


Texto completamente inspirado num romance proibido do qual eu sou a cumplice.